quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Ainda podia ser pior

Após concretizar o post de ontem e me sentir mais leve pelo desabafo, fechei o lap e fui me encontrar com alguns amigos. Eles tinham um lugar legal pra me levar no qual de tanto eu ouvir de diversas pessoas, estava curioso para conhecer mesmo sendo carnaval em Brasília. O local chama-se Poizé e eu topei o desafio. Amigos, cerveja, um bom papo e uma sinuquinha na qual não tenho a menor destreza seriam atrativos para uma noite sem tanta graça na cidade.

Em um dos meus 100 itens pra 2009 tem uma citação sobre usar menos calças jeans. Eu já uso pouco, mas na própria noite eu não quero usar muito. Acho desnecesário principalmente se tratando de noites não tão frias. Desde que voltei do rio tenho feito esta pratica constantemente. Bermudas ao invés de calças na maioria dos eventos.

Mas é claro, não era uma noite qualquer como eu pensava. Na virada da noite eu completaria 1 mês de volta a cidade e tbm era minha grande despedida de carnaval.
Fui barrado na entrada pelos seguranças pois no grande recinto de renome internacional e de etiqueta incontestável, não admite homens que não estejam de calças. Diante do espanto, a primeira pergunta que fiz foi:

- Pelo menos as mulheres podem entrar de shortinho né?
- Sim, elas podem
- Ufa, pensei que tbm não pudessem, menos mal. Mas eu queria entender, pq não pode entrar de bermuda? Está abaixo do joelho, é carnaval, está calor!
- Não podemos deixar entrar, ordens superiores, me desculpe!
- Existe alguém com quem eu possa falar sobre este assunto?
- Existe sim! Mas não vai adiantar.
- Mas eu to curioso, preciso falar com mais alguém

2 minutos depois

- Pois não..
- Eu queria entender apenas o pq de não poder entrar com bermuda?
- Pq o dono não quer. Ele não gosta e não deixa. Sempre temos essas discussões aqui. Eu tbm sou contra. Mas não podemos, é o nosso trabalho.
- Ok, tudo bem.

Fiquei realmente puto, sem entender direito, mas um amigo morava bem perto do local e lá pegamos uma calça dele para eu vestir.

Entramos, bebemos, conversamos, jogamos sinuca, vimos os outros dançando, interagimos com algumas pessoas. E eis que de repente, avisto uma loira do qual acredito ser meu tipo. Não quero entrar em detalhes sobre meu tipo, muito menos que eu goste mais de loiras pq realmente não gosto mas, era interessante. Pensei em falar com ela. Joguei mais uma partida e quando a olhei, ela não estava mais lá. Pensei que tivesse ido embora. Tudo bem, estava me divertindo e ao ir embora e pagar a conta, lá está a loira, cheia de chamego com um cara que parecia ter conhecido lá. Em alguns segundos pensei sobre a vida e em como criar o acaso pode fazer a diferença ao invés de se pensar muito. Mas uma coisa que notei foi o desfecho ideal pra minha última noite de folia. Quando fui ver com quem a loira estava lá se serelepando toda, notei que o cara, o dito cujo, o meu garotão, ESTAVA DE BERMUDA.

Que filho duma puta! Foi a primeira coisa que pensei.
Ao ir embora indaguei os dois segunranças que me barraram na entrada.

- Eu queria entender como é que vcs me proibiram de entrar e tem um cara lá dentro( e pior.. pegando a loira que eu me amarrei) de bermuda!
- Poxa senhor(senhor é meu pau!), peço perdão, mas ele criou confusão aqui, mandou ligar pro dono e ele era amigo do dono. Tivemos de liberar.
- Legal cara, ótimo lugar pra se frequentar.


Peço encarecidamente, quem conhecer o dono daquela porra, favor me avisar. Sinto vontade de conhece-lo.

E assim termina meu carnaval.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pelo seu relato, acredito que é um cara iluminado. Relaxa, pois coisas boas devem estar reservado para você, mas lembre-se talvez tenha que desarmar sua cabeça e coração.

Aline Valek disse...

Sensacional.
Já está cientificamente comprovado que valentões com amizades estratégicas têm mais probabilidade do que ranzinzas com amizades estratégicas* de entrar de bermuda e pegar loiras em botecos onde não se pode entrar de bermuda.

*amigos que morem estrategicamente perto para buscar uma calça.

Daria um belo curta-metragemm.