segunda-feira, 27 de julho de 2009

Onde estou?

Nesse fim de semana estive em alguns eventos de pessoas bacanas. Pessoas de bem que conheci por aí, despretensiosamente. A maioria conhecidos e conhecidas de amigos meus mais próximos. Aquele tipo de relação legal de que de tanto vc ver na vida a pessoa em alguns locais, vc acaba criando algum tipo de laço. Uma relação afetuosa mesmo sem ser grande amigo ou íntimo. Pois então, fui a estes eventos. Pessoas de bom coração e que estavam curtindo a comemoração de um aniversário ou o que sejá lá que fosse. Mas uma coisa me marcou e me fez mais uma vez questionar muita coisa. É aquele tipo de pessoal de um grau mais acima financeiramente falando.

Pessoas mais exigentes quanto a questões que gosto que sejam simples. Poderia ser apenas uma festa, uma curtição, mas não. Precisa dentro deste evento mostrar valores, coisas que nem vejo má intenção nas pessoas mas que não fazem muito meu perfil. O famoso "ter "sobrepondo o "ser" de que tanto falo por aqui. É um pouco estranho, os assuntos são diferentes, o que cada um representa naquela festa ali é mais importante do que o que deveria ser comemorado. E assim, passei o final de semana me questionando. Quando é que vou parar com essa crítica exacerbada sobre tudo?

Em outros momentos eu odiaria os locais que fui, mas não. Não quero ter raiva de nada, mas ao mesmo tempo não me identifico com quase nada disso. Acho que papai do céu mandou bem em não me colocar num caminho de muito dinheiro. Pq eu não ia dar certo nesse meio. Assuntos de pessoas que ostentam e mais uma vez, parecem ser mais do que são.

Pq isso? Pra que isso?

Tornam-se boas pessoas, vivem estórias incríveis, mas não sei e questiono o quanto sofrem por dentro. Pq tiveram tudo nas mãos e não buscam muito mais não. Tudo muito cômodo, tudo muito tranquilo.

Sei não. Por mais que ache as pessoas desse meio legais, sinto que são incompletas. Não me satisfazem. Não sei nem se essas pessoas já andaram de ônibus algum dia, se já foram na rodoviária.

Preconceito demais da minha parte?

Pode até ser, mas não abro mão de quem experimenta a simplicidade, de quem já sujou o pé na lama, quem já comeu o rodo burguer e de quem já voltou a pé de madrugada ou pegou carona com alguém que não conhecia na madruga.

Juro que tô tentando ser mais sociável mas esse tipo de vida preso a um clube só para convidados ainda me causa restrições.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Amooooooooooooooooooooo!

Existem coisas que não passam pela minha cabeça, e quando passam, não são sob hipótese alguma aceitas.

Estou falando da questão do fanatismo. Do ser fã. Uma coisa é vc quando criança buscar referências, se identificar com algo como uma música, banda, um personagem, um filme, o que quer que seja, e fazer disto uma identidade pra vc. A cada aparição do que vc é fã, vc se identifica e cria vínculos.

Ok, até aí tudo bem. Tbm fui fã dos piratas do espaço quando criança(duvido que alguém conheça esse desenho.), sonhava em pintar a casa de um japonês e pancar geral como em Karatê Kid , tbm queria usar calças rasgadas como Axl Rose e queria cantar músicas bregas como o Lionel Richie.

Mas enfim, com o tempo amadurecemos, criamos bom senso e apesar de continuarmos ao longo da vida nos identificando com diversas situações, criamos um bom tom para admirarmos algo.


Mas não estou falando da maioria, e aí, toco numa questão absurda que em Brasília acontece em boa quantidade que são os sem noção! Os que amaaaaaaaaaaaaaaaaaammmmmm algo além de suas possibilidades e passam do limite. Pior, idolatram como se ainda fossem crianças e por passar do limite deles, atinge o campo visual e a vida dos outros.


Aí pergunto pra vcs. O que vcs acham de uma filho duma puta que tem um carro desse?






Estou exagerando em me emputecer? Ou este querido vendedor ambulante de chiclete não tem mais o que fazer da vida? Andando por uma comercial na asa norte eu simplesmente parei tudo que eu tinha de fazer, fui buscar uma maquina digital no carro e fotografei essa merda. Pq eu tô de saco cheio de parecer que tô exagerando. Certamente esse filho duma cadela desdentada é daqueles que anda com som alto e passa devagar na porta de lugares pra mostrar o poder de seu possante.

E quando comento isso com amigos ele me dizem: "O brasileiro é um povo carente de ídolos"

Que se foda!

O problema pra mim não é esse. O problema é a ostentação que se cria em tv etc. O sonho de ser um big brother e nada mais, a porra dos noticiários que cobrem se o Ronaldo cagou fedido hj ou não e o lixo da mídia que mostra aonde alguma super estrela foi se pegar a noite toda.

Sim, estamos carentes de ídolos!

E mais fudidos ainda de formadores de opinião!!!

Resultado: Uma caralhada de gente copiando modelos que ditam regras idiotizantes.

Vamos seguir essa porra assim mesmo!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Férias em Bsb

O título já diz muito sobre essa minha fase de 10 dias. É o exato recesso que eu precisava. Nem pouco pra eu poder descansar mais, dormir mais, fazer merda a noite e poder descansar no dia seguinte, mas nem tanto tempo tbm pra não acomodar. Ando cheio de ideias em meu trabalho e criando novas metas e possibilidades pessoais. Portanto 10 dias torna-se o tempo exato entre o descanso e a renovação.

A única coisa a lamentar é não poder ver uma praia, sei o poder revigorante dela mas ao mesmo tempo me sinto bem de férias por aqui. Ontem a noite por exemplo foi uma amostra boa disso.

Saí com meus amigos sem preocupação de horário, com energia de sobra, e podendo simplesmente me divertir. Ultimamente quando saio de casa pra tentar curtir algo já inicio pensando no que vou fazer no dia seguinte e isso vai me consumindo numa mistura de responsabilidade com paranóia. Enfim, ontem vi como é bom ser eu e ter meus amigos.

Ando distante de muitos outros, ando distante da minha família e espero nesse pequeno recesso poder me reaproximar disso tudo. Com o passar do tempo acabei fazendo uma escolha de vida muito pessoal. Muito envolvida comigo mesmo, atrás de meus sonhos, minha metas que na maioria das vezes não são cumpridas e nem por isso deixo de continuar tentando ou aumentando meus limites.

Tudo isso pra dizer do poder incrível de um bom descanso. A capacidade de repensar a vida, de se ver melhor e apontar novas direções. É isso que sinto agora. Quanto mais canso e mais vejo que não estou aguentando, basta uma breve pausa pra ver que quero mais.

Tudo muito estranho o que passa na minha cabeça. Ando cheio de dúvidas mas ao mesmo tempo com tanta certeza. Acho que isso vem como acessório do kit 30 anos. Onde temos de ser mais maduros. Sei não, o pior de tudo é que ando gostando muito dessa fase. E sinto que coisas boas virão pela frente.

Meu cérebro já se adaptou, não me irrito tanto com os fumados a noite por onde saio, já estou pouco me fudendo pela ivete estar em todas as revistas e rádios, e que se fodam tbm aqueles que necessitam demonstrar felicidade. Acho que realmente estou amadurecendo.

Não confundam isso com eu continuar aceitando certas coisas. Continuo puto com muitas mas hoje em dia, consigo viver nesta merda de sociedade que valoriza o ter em detrimento do ser.

Nada que um período de recesso não possa me fazer enxergar melhor.