Contando um pouco

* Este post foi escrito logo após eu anunciar aqui mesmo que teria dificuldade de postar neste mês de Abril. Pensei um pouco se  deveria fazê-lo e vi que está mais do que na hora de falar sobre estas coisas por aqui.*

Apesar das escrotidões humanas que me pertencem, sempre me achei uma pessoa discreta por não expôr outras pessoas. Desde ontem quando escrevi aqui, fiquei com uma imensa vontade de desabafar sobre o que me tem acontecido. Mesmo sabendo que vcs não conhecem os personagens da minha vida, me senti com vontade de escrever. Logo agora que vejo que terei de adiar um acompanhamento terapêutico. Ando prestes a me mudar novamente, pagando algumas contas importantes e ainda não consigo me organizar financeiramente para investir em uma terapia que possa me ajudar a sair  dos buracos profundos que ando me metendo com minhas dúvidas profissionais .

Pois bem.. Vamos lá!

Trabalho em um local que me identifico e gosto muito. Muitas vezes me sinto abençoado por ter um espaço bom para trabalhar. Mas em meu histórico pessoal, em todos os lugares que trabalhei, sempre depois de algum tempo eu comecei a me chocar com os profissionais que eu considerava não valerem à pena na empresa. Seja por falta de caráter ou mesmo por migué (palavra muito utilizada no futebol para os atletas que não se esforçam muito mas fingem que se esforçam, escorando-se em outros componentes da equipe e colhendo o sucesso dos outros), eu acabava me confrontando tanto com profissionais com estas características, que eu acabava por atrapalhar o meu rendimento profissional.

Tenho um lado meio romântico e sonhador em meu trabalho, talvez seja a área da minha em que mais sonho e romantizo pra tudo. Mas me identifico com pessoas que lutam pra fazer o melhor, que não se explicam nos fracassos, mas que apenas buscam uma chance de fazer cada vez melhor. E este melhor segue uma linha coerente, uma mistura de vivência pessoal, estudos e claro, muito trabalho.

Neste local onde trabalho tenho tido este problema. Me sinto péssimo e arrasado por ter de trabalhar e ser diplomático com pessoas que simplesmente não fazem nada. E o que fazem, é muito mais baseado pela lei do menor esforço do que pela realização de um trabalho decente e que influenciará outras pessoas. Fico louco, quase insandecido com isso. E o pior, isso tem atingido minha vida pessoal, minha saúde e minha relação com as pessoas à minha volta.

Quando conto isso, não é com a intenção de que sintam pena de mim, mas é apenas um desabafo da minha tamanha imaturidade. Nesta semana santa que se passou, estive a beira de cometer talvez um dos atos mais irracionais da minha vida. Ensaiei um pedido de demissão, pensei, refleti, imaginei a cena e cheguei a  planejar a vida começando do zero novamente. Isso pra mim sinceramente não é problema, gosto dos desafios do zero novamente. Mas racionalmente falando, não há sentido em desistir de um lugar com boas perspectivas e em que vc é reconhecido, só por causa de pessoas que não prestam, não fazem o essencial, e buscam trabalhar fazendo auto-marketing no simples intuito de se perpetuar no cargo. Fodam-se esses filhos dumas putas que com alguns amigos, os entitulei  de miguezeiros. Os seres que têm o dom do migué. Não vou ceder pra essas pessoas que compactuam com a mediocridade humana.

Pois bem, pensei, pensei bastante no feriado e ainda bem que provei a minha própria pessoa que tenho uma sanidade ao menos razoável ao ponto de reverter o processo de rota de colisão que eu estava desenhando pra minha própria vida. Neste ano, continuarei fazendo o meu melhor e quando necessário, batendo de frente com estes medíocres, miguezeiros do caralho. Vou fazer minha parte bem feito, mesmo que estes, colham fruto do sucesso de outros. Vou fazer não pq vou colher fruto em troca, mas pq o fruto, é o desejo de fazer bem feito. De se sentir realizado de que tentou até o final. Vai ser recorrente eu vir aqui escrever sobre esta classe dos miguezeiros, pq não os aceito. E já há alguns anos convivendo com estes seres de menor esforço possível, tenho tido bastante material pra falar sobre eles. Ainda bem que quando estive nesta fase difícil, um amigo meu me mostrou uma possível saída. E queria que vcs conhecessem este vídeo que mostra que ainda há esperança no mundo.

Vamos continuar fazendo o nosso.

Kisses.