sábado, 22 de agosto de 2009

Ôô não leva eu, não leva, não leva!

- E aí, qual a boa pro fim de semana?

- Ah, vai ter trivela! Já comprei o meu, vc vai?

- Foi mal, não curto encontros axezísticos.

- Mentira!!! Nem o Jamil? Vai ser bom demais.

- Verdade, me desculpe, tenho amigos que curtem mas não curto do abadá ao filho da puta que canta.

- Tadinho, não sabe o que está perdendo.

- É, não sei, tô errado mesmo.



Ainda tem gente que não me conhece.
Pelo menos ando sendo mais cortês na forma de falar sobre o que não gosto.

sábado, 8 de agosto de 2009

diferenças



É incrível se perceber após muitos anos e ver que o que vc é, é fruto de uma "liquidificação" do que viveu. Muitos de nós ao chegarmos a fase adulta, pensamos que tudo o que foi vivido lá atrás foi apenas um preparatório para a maturidade. Nada disso, somos muito fruto do que vivemos e temos sonhos e medos parecidos ou mais reforçados ainda com o que tínhamos em nossa infãncia. Sentimos a mesma coisa, apenas com possibilidades e realidade diferentes.



Hoje vejo que o que sou é um mosaico feito se sonhos perdidos, vitórias inesperadas, desejos deliberados e contidos, mas acima de tudo, de minhas tentativas. O medo de falhar acompanha e assim vamos levando conosco cada vez mais um repertório de cobranças bobas, quase infantis, como aquelas besteiras de nos acharmos inadequados demais quando jovens.


Passar a se perceber é de fato uma atividade mais do que enriquecedora. Ser justo consigo mesmo é talvez a única possibilidade de se tentar viver com a consciência mais tranquila e investir melhor em nosso tempo e em nós mesmos.


Mas não é isso que vemos por aí. O que mais podemos notar são pessoas através do tempo, encobrindo todos seus sonhos não alcançados na adolescência e forjando novas metas que mais se tratam de situações de vida do que comportamentos. Vemos um meio social de pessoas que fogem do que foram e vão em busca de algo que nunca serão. De algo que não possa lhe gerar imperfeições. Que não se possa conversar com um amigo num dia qualquer sobre suas falhas, dúvidas e procurar respostas.



Não somos estimulados a falhar, criam em torno de nós muros que nos cegam com o pseudo discurso de proteção para o restante de nossas vidas. E a busca por não falhar nos cega a uma questionável realidade. Somos muito mais nós em nossas imperfeições, somos muito mais verdadeiros em nossas lacunas do que naquilo que tentamos preencher para parecer ser completo.
É sobre isso que tenho tentado trabalhar comigo. Me liberar de minhas cobranças severas internas e deixar que eu possa agir como quando era moleque. Mais espontâneo, intenso, entregue e sincero. Mas claro, tbm com medos e dúvidas.

O que sinto ser importante agora é poder me redescobrir como alguém capaz de fazer mais. E ao fazer mais, descobrir novas pessoas por esse caminho. Confesso que estou deveras de saco cheio de mesmice de pessoas, que fingem ser algo e que hj em dia mais do que nunca, são iguais, fúteis e irrelevantes para os outros.

Estou completamente de saco cheio de pessoas que querem pouco da vida. Tô de saco cheio de pessoas lamuriosas, concurseiros, candidatos ao bbb(conheço alguns, infelzimente!), profissionais medíocres, atendentes mal humorados, apreciadores de azeitona, gente histérica e outros muito mais.
Quero querer algo mais da vida.




terça-feira, 4 de agosto de 2009

não dá

- Eu não confio em pessoas que esbanjam o tempo todo felicidade;

- Não confio em pessoas que almoçam sanduíche;

- Não confio em pessoas que usam cavanhaque;

- Não confio em pessoas que não gostam de suar;

- Não confio em pessoas que sempre ligam a cobrar mas tem carro próprio;

- Não confio em pessoas que só cagam em casa;

- Não confio em pessoas que não gostam de dormir;

- Não confio em pessoas que fazem escândalos quando mal atendidos;

- Não confio em pessoas que falam alto no celular em fila de banco;

- Não confio em pessoas que usam grafite 0.5;

- Não confio em pessoas que tentam adivinhar o que vc fala;

- Não confio em pessoas que discutem sobre novelas;

- Não confio em pessoas que comem feijão independente do prato;

- Não confio em pessoas que insistem em dizer "tanto faz", "vc que sabe" e "pode ser" quando indagados;

- Não confio em pessoas que falam que não peidam;

- Não confio em pessoas que concordam com tudo que falo;

- Não confio em pessoas que leem Caras ou algo do gênero;

- Não confio em pessoas que usam abadás na rua;

- Não confio em pessoas que andam por demasiado tempo de mãos dadas;

- Não confio em pessoas que se divertem com o programa do Jô;

- Não confio em pessoas que têm excesso de apreço por bandas de axé;

- Não confio em pessoas que lamentam demais da vida;

- Não confio em pessoas que adoram vinho seco;

- Não confio em pessoas que mitificam o sexo;

- Não confio em pessoas que reclamam de calor;

- Não confio em pessoas que ligam mais de 3 vezes seguidas quando não atendidas;

- Não confio em pessoas que mandam email de corrente;

- Não confio em pessoas que leem blogs de imbecis intolerantes.

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